Esbanjando Talento

Alunos Nota 10


MURAL INTERATIVO
(UNEB Campus XXIII - Turma 2008.1 )





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SEMINÁRIO DESFILADO!!
(PARFOR - Itaberaba // 1ª Turma de Letras)






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VARAL LITERÁRIO !!
(PARFOR  - Itaberaba // 1ª Turma de Letras)








MORTE E VIDA SEVERINA


 A graça, o formalismo e a aridez nordestina retratada nos versos de João Cabral de Melo Neto, há anos vem sendo encenada por alunos do 3º ano, que têm dado um show no Colégio ACM de Catu. Só para dar exemplo, segue as turmas de 2009 e 2010.



TUDO PRONTO?
ENTÃO AGORA É PRA VALER!
"Meu nome é Severino,
não tenho outro de pia
(...) "
A SAGA DE  CANUDOS
Encenação feita pelos alunos do 3º Ano do Colégio A.C.M.
"O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão!"

Arruma as coisa. Vamu cumeçá, meu povo!

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SOLTANDO O VERBO
Alunos da Escola Maria Gabriela Sampaio Seixas e  Colégio ACM


EU E O VAGABUNDO
É

meia noite, o telefone toca, o coração acelera, o vento bate a porta, ele não está em casa. Devo atender esse telefonema?
 – “Mana, me ajude! Os caras quer me pegá. Eu vou morrer.”
Ouço em desatino aquela voz que me cerca e assombra desde há muito tempo com tantos outros lances sinistros. Gostaria de poder fingir não conhecê-la, de acreditar tratar-se de um trote e não me importar. Mas aquela voz ... aquela voz invade minha alma, tantas vezes ferida por seus atos, suas promessas descumpridas, e me impõe o seu tom familiar.
Mesmo morando aqui neste bairro da Santa Rita, povoado por tanta gente boa e  muitos “malas suja”; bairro marcado por tantas  violências, onde o seu caso desfila como coisa banal, não consigo esconder a vergonha e a decepção que sinto por seu envolvimento com o tráfico, sua vasta ficha criminal, seu  descaso com nossas lágrimas. Confesso que envergonho-me profundamente!
 – Mas ... O que fazer?
 Cinco tiros são disparados. Cai o telefone. Corro em desespero procurando alguém, uma oração, um pensamento positivo que possa socorrê-lo. Amo esse vagabundo, esse “filho da mãe” que me viu nascer e brincou comigo nesses becos e ladeiras, sempre defendendo-me dos olhares perversos! Sou sua mana do coração! Isto me move mesmo sem saber pra onde.
Todos os tiros o atingiram, mas ele sobrevive. Que sorte! Isto foi um milagre! A família novamente o acolhe.
Eu, porém, vítima fatal de longas datas, novamente não resisto:  adormeço  sangrando  um coração em pedaços.

(Texto apresentado pela aluna  Maria Aparecida de Jesus Santos,
9º ANO,  nas Olimpíadas de Português 2014 – Tema: O local onde vivo )



PROBLEMA POUCO, É BOBAGEM!
V

iver é um desafio. E sendo pobre, maior ainda!
Certo dia quando estava na casa de meus pais, no conjunto Habitacional Nova Santa Rita, popularmente conhecido como “As Casinhas”, aconteceu um fato inesperado: chovia forte, as pingueiras se espalhavam por toda casa, um raio queimou a televisão, o gás acabou e, pra completar, meu pai disse que a privada estava entupida e era urgente tomarmos uma providência.
Que o esgoto corria a céu aberto nos quintais fazendo curvas entre as casas, já sabíamos. Como também já havíamos nos acostumado a pular rêgos e a inalar seu odor, mas agora a situação havia se agravado: com a privada entupida as fezes corriam banheiro adentro, invadindo nossa casa, pedindo passagem.
O que fazer?
Minha mãe gritou:
 – Valha-me Deus!
Meu pai disse:
 – Tá faltando saneamento básico!
E eu, inocentemente, perguntei:
– É de comer?
Ele me olhou, não disse nada, e me deu uma vassoura para limparmos nossa casa.

(Conto sobre Saneamento Básico apresentado pelo aluno Lucivan dos Santos de Castro, 8º Ano , em 2014)







SANEAMENTO BÁSICO EM CATU

O saneamento básico é essencial
Pra vivermos legal
Sem ele a gente pode passar mal.

Mas muita gente ainda vive sem ele
O país precisa acordar para esta questão
E pra não dizer que tô mentindo
Vou lhe contar minha situação.

Meu irmão, minha irmã
As coisas em Catu não tá fácil não
Andando pelas ruas mais parece um lixão
Um fedô danado que fico enjoado

Tomar banho no rio
É uma grande ilusão
Tem esgoto, tem verme, tem mosquito
Tem muita poluição!

Lá na rua onde moro
As coisas tão difícies
É lameiro pra todo lado
É esgoto na superfície!

Se chove é um valha-me Deus
Corre água, corre lixo
Corre o bicho que morreu.

Ninguém agüenta mais essa situação
A gente precisa acordar
E não ficar de vacilão
Numa cidade sem sanear.

Viver sem saneamento
Não há condição
Queremos exercer nosso direito
De ser cidadão:
Queremos limpeza, saúde e educação!

Ô, seu prefeito, não tá vendo isso não?!

(Texto produzido pelos alunos  do 9º ANO, Gleidson Silva Barbosa e João Felipe Correia .                                        Tema: Saneamento Básico)



BARRAGEM  QUERIDA

C
atu é uma cidade pequena e enladeirada. É preciso bom preparo físico para transitar por ela diariamente. Já me acostumei e já nem me canso tanto!
 Moro nela há quase quinze anos. Não é o que podemos chamar de uma cidade arrumadinha ou uma cidade que se preste ao turismo, mas passei a maior parte de minha vida, muito satisfeito, circulando por seus espaços. Conheço seu pequeno comércio com muitas lojas de móveis e sapatos, a bica da Paraíba, o cheiro que exala da padaria de seu Nonô, a Mercearia de Zé Mosca, o Centro de Abastecimento com sua feira aos sábado onde, tantas vezes, tenho suado fazendo carrinho de mão com outros colegas; o Planeta dos Macacos com aquela gente pobre misturada ao lixão; o Conjunto Habitacional: As Casinhas (Feita pela Prefeitura para abrigar e legalizar moradia de desabrigados/ invasores) , ... e, como não poderia deixar de citar, conheço a barragem! Ah, se a conheço! Cresci nas suas proximidades.  Eu, guri mais novo, tantas vezes ali tomei banho, e me imaginei pescando muitos tubarões, mesmo que na vara só aparecesse uma ou outra piabinha.
Junto com outros meninos matávamos a fome de bola organizando partidas a sua beira. Era o máximo! Só era ruim quando chovia: tudo em volta virava um lameiro só. Sair de casa era uma aventura pouco atraente e proibida pela mãe. Nesse período a barragem parecia que ficava furiosa e ia explodir com tanta água.  Mas bastava parar de chover, uma pontinha de sol sair, suas águas ficavam calmas e a molecada corria ao seu encontro.
Lembro, como se fosse hoje, o dia em que o bêbado Juracy, tão famoso aqui no bairro, se escalou para apitar nosso jogo depois de uma temporada de chuva. Estávamos ansiosos para estar na barragem e exibir nosso talento futebolístico. Chegando lá nos deparamos com ele todo uniformizado, nada sóbrio, acompanhado de um catador de papelão que deveria substituí-lo entre o 1º e o 2º tempo para não lhe cansar muito correndo o campo.  O engraçado foi que eles levaram um prato de farofa e resolveram comer antes da partida começar. Entre um punhado de farofa e outro, eles começaram a se estranhar dizendo que um estava comendo mais que o outro. Nesse bafafá o prato da farofa caiu, um deles  se engasgou, o outro começou a apitar dizendo que era falta e foi uma confusão tamanha, que só terminou quando Dulego apareceu  com uns homens e os levou embora. Naquele dia nada jogamos, mas confesso que ri muito da cena.
Na verdade ainda hoje dou risada quando lembro.
(Texto apresentado pelo aluno Renildo de Jesus Conceição, 8º ANO,  nas Olimpíadas de Português 2014 – Tema: O local onde vivo )







À PROCURA
Enquanto me via feliz
Me via tão triste, tão sozinho
Fora do real, não sei se eu era realmente eu,
Mas continuei caminhando ...

À  procura de vestígios que montasse
Esse quebra-cabeça da minh`alma
Algumas tortas e indiferentes não se encaixavam,
Logo as lágrimas vieram correndo,
Deixando-me um profundo vazio ...

Por que não volto ao meu encontro?
Por que minha voz não ecoa mais?
Perdi-me completamente, volto a chorar ...
Parti, jogando cacos de vidro,
Esperando meu reflexo,
Mas tudo foi em vão

Agora meu Deus, como me acharei?
Ò corpo e alma traidores! Não fujam de mim,
Não se escondam!
Não me deixem sozinho a gritar ...
Então abandonado na cruel solidão
Jorram sobre meu peito lágrimas,
De dor, sem compaixão.
                                       (Texto produzido pelo aluno Gustavo Cardoso - 3º Ano do Ensino Médio - em 2014)

DAQUI   A   POUCO
O

ntem foi passado
O presente é daqui a pouco
Êta daqui a pouco que não chega!
Vem logo, daqui a pouco!
Nestante é hora de raiar a linda Aurora
Tenho pressa de ser feliz!

Meu presente tá demorando
Mas logo, logo, chega!
Chega de mansinho
Criança brincando no colchão
Sol  acariciando o mar.

Ave Maria!
E não é que ele chegou?
É muito lindo!
Buquê de vida recheado com amor.
O daqui a pouco virou agora!

E eu, tonta de tanta felicidade
Corro faceira os recantos dos dias
Deixando-me levar
No embalo das horas.
Eu menina, mulher anciã
Vestida com as cores dos tempos
Vivo e espero daqui a pouco
Futuro próximo cheio de recomeços!
( Texto produzido pela aluna do 3º Ano, Rosyane de Jesus Nascimento e apresentado no TAL 2015)
 COLORINDO  A  VIDA!!






Pintando para aprender
Alunos do 3º Ano , Turma 2015 - Colégio A.C.M.
































6 comentários:

  1. Olha a cara desses alunos, como eu sofredores e felizes, pagando mico em qualquer estação kkk

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    1. É verdade! D mico nós entendemos d montão!
      Obgda, pla cia e risos q dividimos.
      Bj

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  2. Pagamos micos, mas nos divertimos muito com você. Foram ótimos momentos! Bjs!

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  3. Noelia , vc é 10, é show. Amei a tua disciplina em especial vc. O bordão de destaque que lembra vc é: tá dodha, é?!

    Ps. Não acertei enviar que identificasse meu e-mail. por isso foi anônimo
    Ta vendo?! è dodha é!?!! kkkkkkkkk

    Bjs!!!

    Geralsi Novaes

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  4. Olha eu ali, fiquei até orgulhoso de mim mesmo por fazer parte do seu blog. Parabéns Noca, belo trabalho, continue sempre assim essa pessoa maravilhosa.

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    1. Valeu Igor! Obrigada pelo talento partilhado. E a propósito: FELIZ ANO NOVO!
      Bj

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